Olhando mais adiante: Contador do Futuro x Cientista de Dados
O desenvolvimento tecnológico vem evoluindo em todas as áreas de forma tão rápida que não raras vezes, muitos não conseguem acompanhar as sucessivas etapas e saltos com que surgem as soluções do momento, qualquer que sejam as suas áreas de atuação. Fiquemos atentos, portanto, considerando que nas empresas e demais organizações em atuam os contadores, sobretudo como prestadores de serviços, muitas são as possibilidades que podem passar despercebidas para muitos.
Os inúmeros dados e informações que permeiam o ambiente contábil e econômico-financeiro das organizações, por exemplo, sobre clientes, mercados e empresas, podem gerar diferenciais competitivos na oferta de serviços para os mais preparados e com visão estratégica. Estes profissionais contadores-consultores atrelados a tomadas de decisão, podem alavancar as suas carreiras e as suas empresas de consultoria contábil, a partir dessas novas possibilidades.
No meu entendimento, muito em breve teremos cada vez mais acesso a integração de informações vindas de diversas fontes, tanto de bancos de dados internos quanto externo às organizações, possibilitando análises mais sistêmica dos negócios.
É aí onde eu antevejo que as perspectivas futuras no campo da análise de dados poderá ser um campo fértil para os profissionais contábeis de qualificação diferenciada, que poderão assumir o status de cientistas de dados junto às organizações.
Aqui convém destacar para àqueles pouco familiarizados com o tema, que, sob a ótica focada na Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC), de forma superficial podemos definir os cientistas de dados como sendo profissionais cujas atribuições são orientadas a explorar os dados, desenvolver modelos através de tecnologias de Business Intelligence (BI), destinados a atendem às necessidades do negócio, gerando relatórios que possibilitem decisões mais assertivas por parte dos gestores.
Olhando mais estrategicamente para a atividade contábil, diante desse cenário não é exagero afirmar que o desenvolvimento tecnológico nos últimos, anos vem mudando e cada vez mais mudará radicalmente a forma das organizações lidarem com a produção e a análise dos dados na geração da informação como base para a tomada de decisões, em todos os níveis.
Essa nova realidade impactará enormemente e de forma positiva na atividade contábil, sobretudo por tratar-se de uma área cuja matéria-prima são os fatos e os dados, geradores de informações de repercussão econômica e financeira, possibilitado ao gestor o conhecimento efetivo da empresa.
Cada vez mais evolui a tecnologia que está sendo utilizada em larga escala, suportando e otimizando os serviços prestados pelos contadores e demais profissionais envolvidos com a contabilidade. Isso se materializa, por exemplo, por meio da automação de processos e rotinas das empresas contábeis e das demais organizações que se utilizam da contabilidade.
A agilidade no acesso e na transmissão das informações por meio da internet são exemplos de como a tecnologia vem ajudando os contadores, qualquer que seja a plataforma, inclusive nos dispositivos móveis que já começam a ser utilizados de forma profissional.
O relacionamento entre a empresa contábil e seus clientes, sobretudo na integração de dados, é uma das vertentes que vem avançando e elevará muito a produtividade dos profissionais. Neste campo, as empresas de softwares estão trabalhando e certamente, se bem desenvolvidas e implementadas essas soluções, os benefícios se farão presentes, incluindo cada vez mais agilidade e ganhos de produtividade para o setor.
Projetando o olhar um pouco mais a frente, e considerando que os contadores dispõe de enormes base de dados das suas empresas-clientes, além do acesso que vem sendo facilitado às novas tecnologias de Business Intelligence (BI), agrupando um conjunto de técnicas e ferramentas para a transformação dos dados brutos em análises e informações significativas e úteis para os negócios, entendo que os contadores passarão a assumir cada vez mais o papel de consultor, auditor e em breve, aqueles mais afeitos à matemática, estatística e a Tecnologia da Informação, atuarão como verdadeiros cientistas de dados para as organizações.