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Sucessão familiar de empresas: desafios e dicas sobre o processo

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) aponta que somente 5% das empresas familiares, aquelas fundadas geralmente pelo patriarca, sobrevivem à terceira geração. Esse número é muito baixo e preocupante, entretanto, as ferramentas de governança podem mudar esse quadro na sucessão familiar.

São muitos os desafios enfrentados pelas empresas familiares, desde o despreparo dos herdeiros para assumir a liderança até a falta de planejamento adequado. Por isso, vamos debater pontos de entrave na sucessão e compartilhar dicas para que o processo ocorra de maneira fluída e transparente para todos.

Continue a leitura para conhecer os desafios e dicas sobre o processo de sucessão familiar nas empresas!

O que é uma empresa familiar?

A empresa familiar é aquela cujo controle pertence à família, sendo ela a responsável pela gestão do negócio. Alguns dos seus membros participam ativamente da rotina da companhia e assumem cargos estratégicos. Esse tipo de organização empresarial existe em todo lugar, abrange todos os setores e não se limita às pequenas e médias empresas.

À medida que as gerações mais antigas envelhecem e as novas surgem, a companhia se vê obrigada a estabelecer um planejamento de sucessão familiar — com o objetivo de manter o controle e a gestão dos negócios. Trata-se de um grande desafio, pois envolve a escolha do membro que será responsável por assumir o futuro da empresa.

Quais são os seus principais desafios?

A empresa familiar tem uma peculiaridade, que é a mistura da emoção com o trabalho. No momento de entregar o comando dos negócios para um dos filhos, surge a questão preocupante: quem será o responsável? Por desinteresse, um dos filhos pode não estar preparado para assumir a liderança.

Já o outro herdeiro pode ser um excelente profissional, entretanto, não tem o perfil desejado para suceder quem está deixando o comando. E agora? Isso revela a falta de planejamento da empresa para a realização da sucessão familiar. Esse é um processo que deve acontecer continuamente, preparando o sucessor para ser capaz de tocar o negócio.

Como superá-los por meio de práticas de governança?

A sucessão familiar é um processo no qual toda a cultura organizacional deve ser compreendida e praticada pelos herdeiros, perpetuando a postura que a empresa assumiu diante dos funcionários, mercado e comunidade. Por isso, exige dos sucessores princípios como equidade, transparência e responsabilidade — pilares da governança corporativa.

O seu objetivo é minimizar o conflito de interesses entre os gestores de uma empresa, sendo uma ferramenta que pode ser usada para promover o processo de sucessão familiar. Por meio dela, implementa-se políticas de controle que ampliam a confiança das informações gerenciais da organização, evitando consequências desagradáveis para as futuras gerações.

Os pilares da governança corporativa devem ser incluídos em todas as etapas da sucessão familiar, que são:

  • planejamento antecipado do processo;
  • elaboração de um plano flexível, que possa ser readequado de acordo com a necessidade;
  • envolvimento da família para reduzir o nível de discórdia;
  • identificação do perfil ideal para a sucessão;
  • treinamento e capacitação do sucessor;
  • inclusão do RH no processo;
  • criação de um comitê consultivo que seja integrado por advogados, contadores, consultores financeiros e especialistas em administração de empresas.

O processo de sucessão familiar precisa ser feito da maneira mais profissional possível, portanto, não tenha o receio de convocar uma equipe de especialistas para elaborar um plano que considere metas, visão, objetivos, previsão de fluxo de caixa, necessidade de capital, atualização tecnológica e expansão empresarial.

São muitos os desafios, contudo, o resultado de um planejamento adequado é sempre positivo. Saiba mais sobre a importância da sucessão familiar nas empresas conferindo as informações deste outro artigo!

Sobre o autor

José Carlos Fortes

Fundador e Chairman da Fortes Tecnologia e do Grupo Fortes (Tecnologia - Educação - Auditoria - Consultoria - Advocacia). CEO da REPARTSE - Rede Parceira de Tecnologia, Serviços e Educação. Advogado, Contador e Matemático (UNIFOR). Pós graduações - Mestrado em Administração (UECE). Especialização em Direito Empresarial (PUC-SP), em Administração Financeira e em Matemática Aplicada (UNIFOR). Professor com mais de 30 anos de magistério superior (UECE e UNIFOR) e Palestrante. Lecionou nos cursos das áreas de Engenharia, Tecnologia da Informação, Ciências Contábeis, Administração e Direito. Autor de livros nas áreas contábil, jurídica e matemática financeira. Perito Contábil e em Cálculos Financeiros e Auditor Independente. Participou ativamente em diversas entidades de classe, destacando CRC-CE, SESCAP-CE, IIBRACON - 1a. Seção Regional, APCEC, OAB-CE e CDL-Fortaleza.